Procurando bem
Todo mundo tem pereba
Marca de bexiga ou vacina
E tem piriri
Tem lombriga, tem ameba
Só a bailarina que não tem
E não tem coceira
Verruga nem frieira
Nem falta de maneira ela não tem
Futucando bem
Todo mundo tem piolho
Ou tem cheiro de creolina
Todo mundo tem
Um irmão meio zarolho
Só a bailarina que não tem
Nem unha encardida
Nem dente com comida
Nem casca de ferida ela não tem
Não livra ninguém
Todo mundo tem remela
Quando acorda as seis da matina
Teve escarlatina
Ou tem febre amarela
Só a bailarina que não tem
Medo de subir, gente
Medo de cair, gente
Medo de vertigem quem não tem?
Confessando bem
Todo mundo faz pecado
Logo assim que a missa termina
Todo mundo tem
Um primeiro namorado
Só a bailarina que não tem
Sujo atrás da orelha
Bigode de groselha
Calcinha um pouco velha ela não tem
O padre também
Pode até ficar vermelho
Se o vento levanta a batina
Reparando bem
Todo mundo tem pentelho
Só a bailarina que não tem
Sala sem mobília
Goteira na vasilha
Problema na família quem não tem
A Bailarina
Um, dois três e quatro
Dobro a perna e dou um salto
Viro e me viro ao revés
e se eu cair conto até dez
Depois essa lenga-lenga
toda recomeça
puxa-vida, ora essa
vivo na ponta dos pés
Um, dois três e quatro
Dobro a perna e dou um salto
Viro e me viro ao revés
e se eu cair conto até dez
Depois essa lenga-lenga
toda recomeça
puxa-vida, ora essa!
vivo na ponta dos pés
Quando sou criança
viro o orgulho da família
giro em meia-ponta
sobre minha sapatilha
Quando sou brinquedo
me dão corda sem parar
se a corda não acaba
eu não paro de dançar.
Sem querer esnobar
sei bem fazer um gran de car
E pra um bom salto acontecer
Me abaixo num demi plié
Sinto de repente
uma sensação de orgulho
se ao contrário de um mergulho
pulo no ar um gran jetté
Quando estou no palco
entre luzes a brilhar
eu me sinto um pássaro
a voar, voar, voar
Toda Bailarina
pela vida vai levar
sua doce sina
de dançar, dançar, dançar
Dobro a perna e dou um salto
Viro e me viro ao revés
e se eu cair conto até dez
Depois essa lenga-lenga
toda recomeça
puxa-vida, ora essa
vivo na ponta dos pés
Um, dois três e quatro
Dobro a perna e dou um salto
Viro e me viro ao revés
e se eu cair conto até dez
Depois essa lenga-lenga
toda recomeça
puxa-vida, ora essa!
vivo na ponta dos pés
Quando sou criança
viro o orgulho da família
giro em meia-ponta
sobre minha sapatilha
Quando sou brinquedo
me dão corda sem parar
se a corda não acaba
eu não paro de dançar.
Sem querer esnobar
sei bem fazer um gran de car
E pra um bom salto acontecer
Me abaixo num demi plié
Sinto de repente
uma sensação de orgulho
se ao contrário de um mergulho
pulo no ar um gran jetté
Quando estou no palco
entre luzes a brilhar
eu me sinto um pássaro
a voar, voar, voar
Toda Bailarina
pela vida vai levar
sua doce sina
de dançar, dançar, dançar
A bailarina
Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina.
Não conhece nem dó nem ré
mas sabe ficar na ponta do pé.
Não conhece nem mi nem fá
Mas inclina o corpo para cá e para lá.
Não conhece nem lá nem si,
mas fecha os olhos e sorri.
Roda, roda, roda, com os bracinhos no ar
e não fica tonta nem sai do lugar.
Põe no cabelo uma estrela e um véu
e diz que caiu do céu.
Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina.
Mas depois esquece todas as danças,
e também quer dormir como as outras crianças.